O Hospital Infantil Lucídio Portella (Hilp), referência nacional no tratamento da espasticidade infantil, realizou, no domingo (4), a cirurgia de rizotomia dorsal seletiva de número 200, um marco importante no Programa de Espasticidade Infantil do Piauí. Criado em 2020, este programa, que já beneficiou centenas de crianças, continua a transformar vidas com tratamentos especializados e uma equipe multidisciplinar dedicada.
O Hospital Infantil tem sido uma esperança para muitas famílias de crianças com paralisia cerebral, especialmente aquelas que sofrem de espasticidade, uma condição que provoca contrações involuntárias dolorosas e deformastes. A espasticidade é uma das manifestações mais comuns da paralisia cerebral, tornando os movimentos das crianças rígidos e muitas vezes dolorosos.
“É com imensa satisfação que hoje comemoramos a cirurgia de rizotomia dorsal seletiva de número 200 . Um projeto 100% iniciado dentro do Hospital Infantil Lucídio Portella, onde o Projeto Sem Dor junto com o Projeto de Rizotomia Dorsal Seletiva, que de forma agrupada, viraram o Programa de Espasticidade Infantil – totalmente voltado a atender as crianças com sequelas de paralisia cerebral. Com o apoio contínuo do Governo do Estado, estamos trabalhando para que cada vez mais crianças possam ter acesso ao tratamento de qualidade”, afirma o diretor-geral do Hospital Infantil, Ribamar Bandeira.
A rizotomia dorsal seletiva é um procedimento minimamente invasivo percutâneo que alivia a dor causada pela espasticidade, proporcionando uma melhora significativa na qualidade de vida das crianças. Neste domingo, mais duas crianças passaram pela tão sonhada cirurgia, marcando um momento de esperança e alívio para suas famílias.
O sucesso do Programa de Espasticidade Infantil do Piauí deve-se, em grande parte, à dedicação e competência de sua equipe multiprofissional, que inclui além de neurocirurgião, fisioterapeutas, ortopedistas e terapeutas ocupacionais. O neurocirurgião e coordenador do programa, médico Francisco Alencar, destaca a importância do projeto. “Para lidar com essa condição e melhorar a qualidade de vida dessas crianças, o programa oferece tratamento especializado e abrangente. Hoje é uma data marcante, principalmente para essas duas famílias”, afirma.
A abordagem transdisciplinar do programa incorpora opções terapêuticas baseadas em evidências científicas, como a aplicação de toxina botulínica e cirurgias quando necessário, sempre com o objetivo de promover a independência e a qualidade de vida das crianças atendidas. O coordenador destaca a importância do apoio multidisciplinar para alcançar os melhores resultados. “Nossa equipe é composta por profissionais altamente qualificados em diversas áreas, trabalhando em conjunto para fornecer o melhor cuidado possível para cada criança”, destaca.
O Hospital Infantil Lucídio Portella segue evoluindo como um centro nacional para este tratamento. “O hospital recebe os pacientes para avaliação, aplicação de toxina botulínica e realização de cirurgias de rizotomia, além das cirurgias ortopédicas, representando um avanço significativo na abordagem da paralisia cerebral e da espasticidade infantil na região e no país”, disse o superintendente de média e alta complexidade da Sesapi, Dirceu Campelo.